Em tempos de fake news, em que as verdades são deturpadas, as fontes negadas ou subestimadas, e a imbecilidade aclamada é preciso que se diga o que se tem que ser dito, demonstrando em seguida os fatos. A Rede Federal de Ensino é a melhor Rede de Ensino do País e uma das melhores do mundo.
Desde que me entendo por gente, sempre estudante de escola pública, ouço a pergunta: “A educação brasileira tem jeito?”. Foi com esta e outras questões na cabeça que, com apenas 14 anos, ingressei no Centro Específico de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério – CEFAM e, lá, já comecei a tomar pé de parte da resposta para a pergunta que me perseguia: Não só tem jeito como há várias iniciativas bem-sucedidas na educação brasileira; o CEFAM foi uma delas; extinto poucos anos depois que me formei.
Já formado, tive acesso a outras frentes educacionais e educadores que, com determinação e força de vontade, fizeram (e fazem) do difícil dia a dia em sala de aula algo bom, valioso e significativo para milhões de crianças, jovens e adultos das diversas cidades brasileiras. Mais recentemente, ingressei como servidor público federal, por meio de concurso público, em um dos mais de 640 câmpus do Instituto Federal e pude compreender que, de fato, não só “tem jeito” a educação brasileira, como também tem nome e CNPJ: REDE FEDERAL DE ENSINO.
Segundo dados do último PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, sigla em inglês), divulgados em 2016, a Rede Federal de ensino é a primeira colocada entre as redes de ensino brasileiras, muito à frente das particulares, e uma das primeiras no mundo, deixando países do chamado primeiro mundo, como Canadá e Estados Unidos, para trás, por exemplo, no eixo Leitura.
Mesmo os colégios militares, hoje foco do Ministério da Educação – MEC na divulgação e como panaceia para educação brasileira, estão aquém dos resultados da Rede Federal de Ensino que, em sua maior parte, é composta por câmpus dos Institutos Federais – IFs. Sem contar que o investimento por aluno nos IFs é menor que nos colégios militares. Ou seja, somos mais baratos e eficazes.
E os “segredos” para os bons resultados obtidos pela Rede Federal de Ensino?: a) qualidade do profissionais técnicos e docentes; estes últimos, na maior parte, mestres e doutores; b) dedicação exclusiva dos docentes aos câmpus nos quais atuam; c) remuneração adequada para titulação e trabalho que desempenham; d) atuação em ensino, pesquisa e extensão; e) atualização constante por meio da participação em congressos, seminários, encontros e demais atividades de (auto)capacitação profissional; e) bom relacionamento com alunos e familiares, além da comunidade externa e, sobretudo, f) alegria em atuar na profissão que escolheram, na colaboração na melhoria do ser humano e do planeta por meio da reflexão, ensinagem e aprendizagem, enfim, poder atuarem na profissão que escolheram e valorizados por isso.
A educação brasileira tem jeito sim, e milhões de brasileiras e brasileiros têm contato com ela diariamente: Rede Federal de Ensino. Agora, faço eu uma pergunta: Os gestores deste País querem educação de qualidade e povo bem-formado?
